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sábado, 22 de setembro de 2012

Ai, ai, ai... Pobre de mim!



  Uma das coisas mais do que inúteis que se pode ter como postura psicológica, é a vitimização.

   Vitimar-se é mais do que imprestável, é corrosivo! Mas se isso é tão inútil e insalubre, por que então as pessoas chafurdam na lama? Por que se embaralham, se enrolam em arame farpado?
   A explicação que mais faz sentido na vitimização é a do ganho secundário. A lógica é mais ou menos assim: quanto mais vitima eu for, alguém ou alguma coisa vai se sensibilizar e vir me socorrer.
   O ganho secundário estaria em receber um afago de alguém, um "jogar de confetes". Mas o problema é que quanto mais preciso da pena do outo, mais dependente e miserável me torno.
   Parafraseando Sartre; não importa o que fizeram com você, e sim o que você vai fazer com isso.
   Se sentir vítima como uma primeira reação a alguma tragédia é até comum, mas é preciso ter uma duração não muito longa. Quando o sentimento de vítima se prolonga, estamos participando para que nosso sofrimento continue indefinidamente. Estamos, portanto, nos vitimizando.

   E ai, o que você vai fazer?