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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Inveja: a voz voraz

   Na inveja, maioria das vezes inconscientemente, a pessoa sente a angústia do não possuir. É a angústia de sentir-se desprovido de algo. Essa angústia incomoda, e quando não trabalhada, a pessoa possuída de inveja entende que o que lhe causa o desconforto da angústia é o outro, é o fora e não o dentro.

   Então a pessoa com inveja começa a atacar o outro ainda que internamente. “Aquele sujeito não é simpático nada, é um exibido e metido a besta”, pensa o invejoso. Ou em casos mais graves passa a atacar o outro explicitamente com maledicências e intrigas e às vezes de forma violenta e persecutória.

   O invejoso faz vítimas, mas ele é sem dúvida a primeira delas. Ele é vítima de si mesmo, pois não tem maturidade emocional o bastante para lidar de forma construtiva com a angústia do não possuir. O invejoso não é o dono do que sente, e sim refém do que sente.

   Existem diferenças entre ser invejoso e sentir inveja. O invejoso pensa em apenas destruir o objeto que lhe faz perceber a própria angústia do não possuir.

   Quando sentir inveja pense que esta pode ser sua oportunidade de aprimoramento, desde que se entenda que o que realmente o incomoda não é o fato do outro ter ou ser alguma coisa, mas sim a própria sensação de não ter ou ser. O sentimento é seu e é isso que incomoda.

   Se não tenho ou não sou, e isso me incomoda, devo fazer alguma coisa construindo e não destruindo.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Buscai, e Achareis!

“O Ser e o Nada”, obra que rendeu a Sartre o Premio Nobel de literatura, e que curiosamente se recusou a receber, o filósofo explora a complexidade do que é ser e existir. Tema decididamente complexo, explorado em seu livro em mais de 700 páginas e por isso extenso de mais para ser aprofundado aqui. Essa tarefa deixo para uma outra oportunidade.

Apenas cito a Sartre para enfatizar que ser é algo muito mais complexo do que muitos são levados a crer. Complexo não quer dizer difícil.

Jung coloca que temos uma “identidade” superficial e outra mais profunda.

Então fica a pergunta: quem és tu?

Vê? Não é tão simples responder a isso.

Os valores e ideais de nossa cultura nos diz a todo momento para pairarmos pela superficialidade do ser, que para ser isso ou aquilo basta apenas parecermos com alguma coisa. O ser de fato é algo que o capitalismo não consegue captar e transformar em produto, por isso não se fala nisso. Fala-se em vestir a tal roupa, usar o tal perfume, comprar aquele carro, morar neste ou naquele lugar, falar assim ou daquele jeito, e os exemplos se seguem. Ou seja, pode-se comprar um jeito de ser. Mas apenas um ser superficial, nunca um verdadeiramente interno.

Esse ser interno não se adquire em uma loja de “gente feliz”, esse ser se descobre através da busca.

Sem busca não há descobertas. Mas será que queremos abandonar nosso porto “seguro”? Segurança, essa sensação...

Disse Jesus: “(...) buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á”.

A sabedoria popular já dizia que “quem não arrisca não petisca”. O que te impede de petiscar? O que te impede de arriscar? O que é o medo?

terça-feira, 7 de junho de 2011

Ronaldo Fenômeno - O Herói no Imaginário Coletivo

Na mitologia grega o herói é um semideus por ser filho de um dos deuses com uma mulher terrena.
Dessa mistura o herói então herda de seu pai deus os atributos divinos, e de sua mãe terrena as características humanas. Notem que na mitologia grega só existe herói se o filho do deus com a mulher for homem, caso contrário é apenas uma mulher. E que também os atributos virtuosos advêm do elemento masculino (deus) e que os vícios provêm do elemento feminino (a mulher). Essa característica se dá provavelmente pela predominância da tradição e domino patriarcal, que ainda hoje deixa suas profundas marcas em nossa cultura.
Sabemos que os heróis mitológicos e arquetípicos são uma metáfora sobre o que é ser um ser-humano, mas ainda assim, o coletivo (a aldeia, a cidade, o país etc.) elege fora de si um herói que os cobrirá de honra e glória.
Temos diversos exemplos disso nas modalidades esportivas. Na Fórmula 1 os brasileiros têm a Airton Senna como herói, já os franceses a Alain Prost, os espanhóis a Fernando Alonso e assim segue
Note que para ser consagrado herói público é preciso ser autor de alguma façanha. Se um piloto brasileiro fizer menos ou igual a Airton Senna este não será eleito pelo povo o seu herói, para tal é preciso superá-lo.
Hoje, dia 07/06/2011 teremos uma homenagem de despedida a um herói brasileiro, ao “Fenômeno”, a Ronaldo Luís Nazário de Lima, o Camisa 9 da Seleção Brasileira. Seu grande feito? Ter marcado 15 gols em Copas do Mundo.

Ronaldo Fenômeno possui vícios e virtudes, e por essa mistura, muitos podem chama-lo de Herói da Nação.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Perigo! Celular e Câncer?


A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou que o uso do telefone celular por mais de 30 minutos por dia, durante dez anos, aumenta em 40% o risco de uma pessoa desenvolver 'glioma' – uma espécie maligna de tumor cerebral.

Veja bem, a OMS anunciou que existe uma possibilidade, não é uma certeza, trata-se de um alerta. Fique longe do pânico, não exagerar no uso do aparelho já uma boa coisa.

Já existem dicas para diminuir as possibilidades da ocorrência desse tipo de câncer. Fala-se em não exceder os 30 minutos diários com o aparelho colado na orelha, optar por falar no “viva-voz”, usar fones de ouvido e utilizar mensagens de textos.

Se precaver de um risco real é sempre bom, mas é preciso tomar cuidado para não cair no excesso, já que este pode levar ao pânico e a delírios hipocondríacos. Diferenciar o real do irreal nem sempre é tarefa fácil.

Paradoxalmente, cuidado em excesso faz mal ou já é resultado de algo que não está bem.

A OMS considera o uso do aparelho celular como um suspeito nocivo a saúde, já cigarro é considerado como culpado por ser cancerígeno. Ainda assim não me surpreenderia que agora algumas pessoas passem a ter mais medo de um celular do que de um cigarro.

Talvez enquanto fume, o celular toque, e o sujeito não atenda de medo. Pode parecer engraçado, mas está ai uma possibilidade bem trágica.

Pensar é importante, mas sem método pode ser perigoso.

Pense bem!