“O Ser e o Nada”, obra que rendeu a Sartre o Premio Nobel de literatura, e que curiosamente se recusou a receber, o filósofo explora a complexidade do que é ser e existir. Tema decididamente complexo, explorado em seu livro em mais de 700 páginas e por isso extenso de mais para ser aprofundado aqui. Essa tarefa deixo para uma outra oportunidade.
Apenas cito a Sartre para enfatizar que ser é algo muito mais complexo do que muitos são levados a crer. Complexo não quer dizer difícil.
Jung coloca que temos uma “identidade” superficial e outra mais profunda.
Então fica a pergunta: quem és tu?
Vê? Não é tão simples responder a isso.
Os valores e ideais de nossa cultura nos diz a todo momento para pairarmos pela superficialidade do ser, que para ser isso ou aquilo basta apenas parecermos com alguma coisa. O ser de fato é algo que o capitalismo não consegue captar e transformar em produto, por isso não se fala nisso. Fala-se em vestir a tal roupa, usar o tal perfume, comprar aquele carro, morar neste ou naquele lugar, falar assim ou daquele jeito, e os exemplos se seguem. Ou seja, pode-se comprar um jeito de ser. Mas apenas um ser superficial, nunca um verdadeiramente interno.
Esse ser interno não se adquire em uma loja de “gente feliz”, esse ser se descobre através da busca.
Sem busca não há descobertas. Mas será que queremos abandonar nosso porto “seguro”? Segurança, essa sensação...
Disse Jesus: “(...) buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á”.
A sabedoria popular já dizia que “quem não arrisca não petisca”. O que te impede de petiscar? O que te impede de arriscar? O que é o medo?
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